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Nova Iorque (EFE) – Um juiz de Nova Iorque ordenou a publicação de 87 fotos e quatro vídeos com torturas de presos iraquianos cometidas por soldados dos Estados Unidos, em uma decisão contrária à postura do Exército, que considera que a divulgação prejudicará a imagem do país. O material mostra abusos cometidos na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá, e a publicação das imagens foi solicitada pela União para as Liberdades Civis Americanas, que afirma que as tropas dos EUA torturam "sistematicamente" no Iraque.

Em um documento de 50 páginas no qual justifica sua decisão, o juiz Alvin Hellerstein afirma que "os terroristas" no Iraque "não precisam de pretextos para seu barbarismo".

De acordo com Hellerstein, ele respeita a opinião do chefe do estado-maior, o general Richard Myers, que argumenta que a publicação das imagens fortalecerá a Al Qaeda e enfraquecerá as tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão. Mas "meu dever é aplicar a lei e, neste caso, a de liberdade de informação", ressaltou o juiz.

A decisão judicial foi tomada após denúncias feitas no último fim de semana apontando que houve torturas "sistemáticas" de presos iraquianos por tropas dos EUA, em relatório da organização Observatório dos Direitos Humanos. Neste documento consta que os abusos foram ordenados ou consentidos pelos comandantes. Desde o escândalo das torturas em Abu Ghraib, no Iraque, em 2004, nenhum militar com patente acima da de sargento foi condenado.

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