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Santiago (AFP/EFE) – O ex-presidente chileno Augusto Pinochet (1973– 1990) foi indiciado ontem por fraude em tributação, falsificação de passaporte e crimes relativos à origem dos US$ 27 milhões de sua fortuna pessoal, depositados em contas secretas. O juiz Carlos Cerda decretou a sua prisão domiciliar, e estabeleceu fiança de US$ 23 mil. Pinochet (1973–1990) já teria pago o valor da fiança, que lhe devolveria à liberdade provisória, uma vez que o tribunal considera que o ex-presidente – que completa 90 anos amanh㠖 não representa um perigo real para a sociedade.

"Hoje Pinochet foi acusado por crimes de fraude, mas vamos esperar que amanhã ele seja indiciado pelo genocídio que aconteceu durante os 17 anos de sua ditadura", afirmou Lorena Pizarro, presidente de um dos maiores grupos de direitos humanos do Chile.

Pinochet passou recentemente por uma série de exame físicos e psicológicos para determinar se seu estado de saúde permitia que enfrentasse um processo criminal. Segundo os médicos, ele tem perfeitas condições para enfrentar um julgamento. Ainda não se sabe se a defesa vai voltar a usar o estado de saúde do ex-presidente como um argumento para barrar novas acusações. Além da acusação por sonegação de impostos, Pinochet é responsabilizado pela morte de milhares de dissidentes de seu regime.

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