Viatura em frente ao hotel onde estão os iranianos investigados, em Ezeiza, na Grande Buenos Aires| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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A Justiça da Argentina ordenou nesta quarta-feira (15) a apreensão do avião venezuelano-iraniano que estava retido no aeroporto internacional de Buenos Aires como parte de uma investigação sobre possíveis ligações com o terrorismo internacional.

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Fontes ligadas a essa investigação disseram à Agência Efe que a Justiça decidiu apreender a aeronave para que sejam obtidas mais informações sobre o que a tripulação, composta por cinco iranianos e 14 venezuelanos e cujos passaportes já tinham sido apreendidos, estava fazendo na capital argentina.

O avião em questão, um Boeing 747 Dreamliner em configuração de carga, pertenceu à companhia iraniana Mahan Air e atualmente é da Emtrasur, uma subsidiária do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos (Conviasa). As duas empresas são sancionadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

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A aeronave entrou na Argentina em 6 de junho, procedente do México e após uma escala na Venezuela, com destino ao Aeroporto Internacional de Ezeiza. Na última quarta-feira, ela decolou rumo ao Uruguai para reabastecer, mas pousou novamente no aeroporto argentino, porque o país vizinho não permitiu que ela aterrissasse em seu território.

Desde esta semana, a Justiça argentina vem investigando os possíveis vínculos da tripulação com o terrorismo internacional, já que um de seus membros, o iraniano Gholamreza Gashemi, tem o mesmo nome de um membro das Forças Quds, uma divisão da Guarda Revolucionária Islâmica, definida pelos Estados Unidos como uma organização terrorista.

O ministro da Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, disse nesta quarta-feira que as autoridades do país haviam seguido “todos os passos” em relação ao avião, cumprindo todos os protocolos estabelecidos, e o chefe de Gabinete do governo, Juan Manzur, afirmou que o assunto “está nas mãos da Justiça”.

O país sofreu dois ataques terroristas nos anos 90 - na Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) e na embaixada de Israel em Buenos Aires. Autoridades locais atribuíram a personalidades do Irã e ao grupo Hezbollah a autoria de ambos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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