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O juiz Mario Carroza pediu nesta terça-feira (23) ao Serviço Médico Legal (SML) chileno que realize testes de DNA para confirmar se o corpo exumado no último mês de abril é mesmo do poeta Pablo Neruda.

Carroza investiga a morte de Neruda desde maio de 2011, quando foi apresentada uma denúncia para esclarecer se o poeta morreu de câncer ou assassinado com uma injeção letal por agentes da ditadura de Augusto Pinochet.

A decisão do ministro foi adotada após a solicitação do advogado de Direitos Humanos, Eduardo Contreras, que representa nesta causa o Grupo de Parentes de Executados Políticos.

Carroza explicou aos jornalistas que a ordem foi remetida ao SML para que realize as perícias correspondentes para determinar, de forma científica, a identidade das ossadas após a exumação do corpo de Pablo Neruda, realizada no último dia 8 de abril em sua casa de Isla Negra, a cerca de 120 quilômetros de Santiago.

O juiz indicou que a diligência será realizada de forma paralela aos resultados de exames toxicológicos realizados no exterior.

Até o início de 2011, a versão oficial sobre a morte de Neruda, ocorrida em 23 de setembro de 1973, era que tinha sido causada por um câncer de próstata.

A denúncia que abriu a investigação foi apresentada pelo Partido Comunista, depois que o antigo motorista de Pablo Neruda, Manuel Araya, assegurou em entrevista que o poeta tinha sido assassinado pela ditadura de Augusto Pinochet.

Neruda, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 1971, morreu na clínica Santa Maria da capital chilena, 12 dias depois do golpe militar que em 11 de setembro de 1973 derrubou o presidente Salvador Allende.

Segundo Araya, "Neruda recebeu uma injeção no dia 23 de setembro (de 1973). Se não tivessem lhe aplicado essa injeção, Neruda não teria morrido", disse Araya, convencido que o poeta foi assassinado.

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