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Juízes entraram em greve na terça-feira, pela primeira vez na história da Bolívia, afirmando que os ataques verbais do presidente Evo Morales ao Judiciário estão acabando com a democracia no país.

Nas últimas semanas Morales chamou os juízes de corruptos e ineficientes, e os acusou de se associarem à oposição de direita e ao governo dos Estados Unidos para obstruir sua agenda reformista.

Em um comunicado na segunda-feira à noite, a Suprema Corte disse que Morales quer se livrar dos juízes e abrir caminho para um "regime totalitário".

"É uma instituição estatal que deveria fazer justiça, mas agora com essa greve eles estão fazendo uma injustiça", disse Morales em discurso antes do início da greve.

Morales é um aliado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está se esforçando para espalhar sua agenda socialista pela América Latina. Ele assumiu o cargo em janeiro de 2006 com a promessa de levar prosperidade à Bolívia apertando o controle estatal sobre a economia.

A briga começou no início de maio, quando a Corte Constitucional suspendeu quatro juízes da Suprema Corte que Morales tinha indicado seis meses antes, afirmando que o Executivo só pode indicar juízes interinos à Suprema Corte -por um máximo de 90 dias.

Morales afirmou que a decisão da Corte Constitucional era ilegal e politicamente motivada, e pediu que a Câmara dos Deputados -que ele controla- investigasse o caso.

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