Trinta e dois suspeitos de envolvimento numa fraude bancária multi-bilionária foram levadas a julgamento em Teerã, reportou a agência de notícias estatal iraniana. Os acusados supostamente têm conexões com o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

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O caso de apropriação indevida consiste na acusação de uso de documentos forjados pelo empresário iraniano Amir Mansour Khosravi para assegurar empréstimos. O valor adquirido seria usado para comprar empresas controladas pelo Estado sob o esquema de privatizações do governo.

O empresário é acusado de conseguir cerca de 2,6 bilhões de dólares de vários bancos iranianos.

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O presidente Ahmadinejad negou acusações de seus rivais de que Khosravi tinha conexões com o chefe de seu gabinete presidencial, Esfandiar Rahim Mashaie.

Os réus e seus advogados compareceram a um dos tribunais revolucionários de Teerã, que foi aberto à imprensa, neste sábado, reportou a IRNA.

A notícia não nomeou nenhum dos acusados, mas acredita-se que o grupo inclua Amir Mansour Khosravi e Mahmoud Reza Khavari, o antigo presidente do Bank Melli, que fugiu para o Canadá após a fraude ter sido descoberta no ano passado.

"As atividades da empresa de desenvolvimento são um exemplo de grupo organizado que minou a segurança econômica da sociedade", disse o procurador-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, citando trechos da acusação de 200 páginas.

As acusações mais sérias são de que o empresário foi "corrupto" ao atrapalhar a economia por meio de conluio, propagando fraude no sistema bancário, adquirindo riquezas por meios ilícitos, fraudes e utilizando documentos falsificados.

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Caso os réus sejam declarados culpados, podem ser condenados à morte.

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