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A Justiça argentina concedeu liminar suspendendo o despejo da LAN, subsidiária da Latam, do hangar que a companhia ocupa no aeroporto Aeroparque Jorge Newberry, em Buenos Aires. A medida foi anunciada um dia antes de expirar o prazo de dez dias que o governo havia dado à companhia aérea chilena para que ela deixasse o aeroporto.

Com a decisão, foi suspensa a greve que alguns sindicatos do setor aeronáutico estavam programando para amanhã, em repúdio ao desalojamento da empresa.

Mesmo tendo um contrato de utilização do hangar até 2023, a LAN foi informada na semana passada pelo Orsna (Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos) que teria que ceder seu espaço. Segundo o órgão, as instalações de algumas aéreas de pequeno porte e de companhias de voos não regulares passarão a ser de uso exclusivo do Estado. A LAN argumenta que não é seu caso, pois opera 14 voos regulares a partir do Aeroparque.

A juíza Claudia Rodríguez Vidal pediu ao Estado informações sobre o caso dentro dos próximos cinco dias.

A LAN havia dito que a decisão do Orsna colocava em risco a continuidade de suas operações no país, onde é a principal rival da Aerolíneas Argentinas, de propriedade do Estado. O governo é acusado de querer privilegiar a estatal desalojando a LAN.

Na terça-feira (27) um vídeo de 2010 divulgado pela imprensa argentina mostrou o presidente da Aerolíneas, Mariano Recalde, dizendo que havia pedido à presidente Cristina Kirchner para tirar os voos domésticos da LAN do país. Na gravação, Recalde, ligado à juventude kirchnerista, diz que a concorrente chilena é alinhada "à direita pinochetista".

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