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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

A Scotland Yard foi considerada culpada pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes pelos jurados do caso.

A decisão foi dada nesta quinta-feira (1), no tribunal Old Bailey, em Londres. O julgamento havia começado no último dia 1º de outubro. Jean Charles foi baleado em 22 de julho de 2005 por integrantes da Polícia Metropolitana dentro de um trem do metrô londrino ao ser confundido com o etíope Hussain Osman, um dos autores dos ataques fracassados no dia anterior ao da morte do brasileiro.

Segundo o júri, a Scotland Yard foi considerada culpada por violar as leis de saúde e segurança durante a operação que matou o brasileiro.

Promotores do caso disseram que os policiais colocaram em risco a vida de outras pessoas durante a operação. Os advogados de defesa disseram que o assassinato foi um erro, não um crime. Livro

A trágica história, que mistura imperícia, negligência, erros e arrogância de uma das polícias mais famosas do mundo foi recontada pelo escritor Ivan Sant’Anna, no livro "Em Nome de Sua Majestade" (editora Objetiva). Uma tragédia que começou quando o agente secreto, que urinava atrás da árvore, identificou o alvo errado.

"O agente estava em frente ao prédio desde 6h04. Exatamente às 9h30, ele foi atrás de uma árvore, porque estava vontade de ir ao banheiro. Neste momento, o Jean Charles saiu de casa. Foi um erro absurdo porque ele não decorou a cara, a fisionomia do terrorista que estava procurando. Então, ele teve que filmar com um celular e mandar para o comando da polícia para que a central decidisse se era o Osman - o terrorista -, ou não", explica Ivan Sant’Anna.

"Se o Jean Charles era um homem-bomba, por que o deixaram entrar no ônibus? Se, 14 dias antes, um homem havia se explodido em um ônibus, em Londres, matando um monte de gente", indaga o escritor.

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