Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012| Foto: BEN STANSALLAFP

A Justiça do Reino Unido manteve nesta terça-feira (6) a ordem de prisão contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, por ter violado as regras de sua liberdade condicional ao se refugiar na embaixada do Equador.

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Ele está na representação diplomática desde junho de 2012, quando fugia de um mandado de prisão europeu sob a acusação de estupro na Suécia. O país nórdico, porém, arquivou o processo, o que em tese o libertaria.

A magistrada deu chance à defesa de entrar com novo recurso, a ser julgado na próxima terça (13). O advogado de defesa de Assange, Mark Summers, argumenta que o mandado de prisão perdeu o propósito e a função.

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“Não estou convencida de que seja preciso retirar a ordem”, afirmou a juíza Emma Arbuthnot, acabando com a possibilidade de o fundador do site WikiLeaks poder sair livremente pelas ruas de Londres.

O pedido do australiano surge pouco depois de o Equador lhe conceder cidadania e status diplomático, com a ideia de que a imunidade lhe permitiria deixar a legação. O Reino Unido disse que a medida não alteraria a situação.

O Equador sabe que a única maneira de resolver esse assunto é que Assange deixe a embaixada para enfrentar a Justiça, declarou um porta-voz do Ministério britânico das Relações Exteriores.

A situação de Assange se transformou em uma pedra no sapato do Equador, como admitiu o presidente desse país, Lenín Moreno, que herdou o imbróglio de seu antecessor e agora inimigo político Rafael Correa.

Em várias ocasiões, Quito criticou o hóspede por se envolver em assuntos de outros países, como na divulgação de e-mails contra Hillary Clinton nas eleições americanas de 2016 e ao apoiar os separatistas da Catalunha.

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O fundador do WikiLeaks teme deixar a embaixada, ser detido e acabar extraditado para os EUA para ser julgado por ter divulgado milhares de telegramas confidenciais. No ano passado, o secretário de Justiça americano, Jeff Sessions, disse que a prisão do ativista era uma prioridade.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]