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"Já se viu que meu pai não tem mais dinheiro do que lhe deram e provaram. Buscam dinheiro que não existe."

Lucía Pinochet, filha do ex-ditador chileno Augusto Pinochet.

Há mais de cinco anos da morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, a Justiça determinou ontem a abertura de seu testamento, que está embargado no âmbito de uma investigação que quer estabelecer a origem de sua fortuna, estimada em 26 milhões de dólares.

O testamento de Pinochet, que morreu aos 91 anos em 10 de dezembro de 2006, está sob custódia de um tabelião de Santiago, e deverá ser aberto hoje.

A fortuna do ex-ditador foi estimada em US$ 26 milhões. Desse total, US$ 20 milhões correspondem a cifras depositadas em contas bancárias no exterior. O restante refere-se a propriedades e dinheiro depositado no Chile.

Sua família diz que o dinheiro é fruto de poupança e investimentos feitos em vida por seu pai e não de enriquecimento ilícito. Uma investigação por "má gestão de recursos públicos" contra a família do ex-ditador foi arquivada pela Suprema Corte. A Justiça quer resgatar parte dos recursos a fim de assegurar o pagamento de eventuais indenizações por processos judiciais ainda em curso e impostos devidos.

A família do ex-ditador alega viver uma complicada situação econômica. Em fevereiro, a filha caçula, Jacqueline, revelou em entrevista que precisou vender jóias e móveis para sobreviver.

Pinochet morreu processado pela justiça, que não conseguiu, no entanto, condená-lo pelas mais de 3 mil mortes causadas durante a ditadura que presidiu (1973-1990).

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