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A Justiça da Argentina abriu na quarta-feira (21) uma investigação sobre a denúncia de espionagem do Exército do país a opositores, celebridades e jornalistas críticos ao governo da presidente Cristina Kirchner.

A acusação foi feita pelas deputadas Laura Alonso e Patricia Bullrich, do PRO (Proposta Republicana), partido do candidato opositor Mauricio Macri. O conteúdo foi publicado nos jornais Clarín e La Nación, críticos ao governo.

Em entrevista à rádio Vorterix, um dos juízes responsáveis pelo processo, Sebastián Casanello, afirmou ter pedido “medidas instrutoras” para o início da ação judicial, que correrá em segredo de justiça. Ele disse não ter recebido ainda a lista apresentada pelas deputadas à imprensa. O magistrado ainda criticou as legisladoras por revelarem informações que podem prejudicar a investigação, como os locais onde teriam ocorrido as espionagens.

Casanello atuará na ação junto com o juiz Emiliano Canicoba Corral. O segundo afirmou que a denúncia não chegou às suas mãos devido à mudança de juiz. A primeira sorteada, Sandra Arroyo Salgado, está na lista de alvos de espionagem.

Arroyo Salgado é a ex-mulher do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em janeiro. Quatro dias antes de sua morte, ele acusou Cristina Kirchner de fazer um acordo com o Irã para não julgar acusados pelo atentado à Amia, em 1994.

Além dela, aparecem nas listas os cinco presidenciáveis da oposição -- Mauricio Macri, Sergio Massa, Margarita Stolbizer, Nicolás del Caño e Adolfo Rodríguez Saá --, além de deputados e governadores opositores a Cristina.

Na quarta, o chefe de inteligência do país, Óscar Parilli, disse que não existe espionagem interna no país e acusou seu antecessor, Jaime Stiuso, de ter conduzido o plano. “

Nós não fizemos isso, não fazemos e nem vamos fazer. Isso sim foi feito por Stiuso e o denunciamos”, disse ao jornalista Jorge Rial, um dos supostamente espionados.

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