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A Suprema Corte do Paquistão ordenou nesta terça-feira (15) a prisão do primeiro-ministro do país, Raja Pervez Ashraf, acusado de participar de um esquema de corrupção que envolve o desvio de milhões de dólares em meio à compra de usinas de produção de energia elétrica. As denúncias começaram quando ele era ministro da Energia e Eletricidade e, segundo a acusação, teria usado o poder de seu cargo para favorecer determinados grupos e ganhar propinas. Outras 15 pessoas também foram indiciadas no caso.

Fawad Chaudhry, um dos conselheiros mais próximos ao premier, condenou a ação da Justiça e descreveu a decisão dos juízes, que ordenaram a prisão imediata de Ashraf, como "inconstitucional". De acordo com o anúncio da Justiça, autoridades têm até amanhã para prender o premier. Ele deverá ser apresentado à corte na tarde de quarta-feira, segundo a mídia local.

A decisão da Suprema Corte veio após um clérigo popular no país pedir a renúncia do atual governo e conseguir levar às ruas milhares de manifestantes. Os simpatizantes de Tahir-ul-Qadri comemoraram o pedido de prisão de Ashraf.

No entanto, a bolsa de valores paquistanesa reagiu mal e seu índice caiu cerca de três pontos percentuais depois da notícia.

Casos de corrupção envolvendo autoridades paquistaneses não são novidade. Em abril de 2012, o ex-premier Yousuf Raza Gilani, antecessor de Ashraf, foi condenado pela Justiça por se negar a escrever uma carta pedindo esclarecimentos relacionados a contas bancárias na Suíça. Autoridades estavam investigando acusações contra o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari.

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