A Justiça italiana mandou prender nesta terça-feira o senador Nicola Di Girolamo, membro do partido Povo da Liberdade (PDL), do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Ele é acusado de ter recebido dinheiro e de colaborar com a máfia calabresa, a 'Ndrangheta, para se eleger.
Outros 56 suspeitos estão sendo procurados pela polícia na Itália, no Reino Unido, na Suíça e no Panamá. De acordo com o promotor público Piero Grasso, eles também são acusados de criar empresas fantasmas para lavagem de dinheiro, em uma fraude de 2 bilhões de euros.
Di Girolamo, que representa no Senado italianos residentes no em outros países europeus, teria se encontrado com mafiosos do clã Arena. Além do dinheiro para a campanha, a máfia também teria fraudado votos de imigrantes calabreses na Alemanha para eleger o senador. Em troca, Di Girolamo teria ajudado na lavagem de dinheiro, disse Grasso.
O senador goza de imunidade parlamentar e não pode ser preso sem permissão do Congresso. O líder do PDL no Senado, Maurizio Gasparri, disse que as acusações são plausíveis e que o pedido seria analisado. "Deve ficar claro que não há intocáveis aqui", disse.
No final do ano passado, o vice-ministro da Economia, Nicola Cosentino, também do PDL, foi acusado de colaborar com a Camorra, a máfia napolitana, em troca de apoio eleitoral. Ele pediu demissão.
- Itália considera óculos 3D de "Avatar" risco à higiene
- Casos de corrupção sobem 229% na Itália, diz Tribunal de Contas
- Caso de corrupção compromete ambição eleitoral de Berlusconi
-
Marco Civil da Internet chega aos 10 anos sob ataque dos Três Poderes
-
STF julga ações que tentam derrubar poder de investigação do Ministério Público
-
O difícil papel da oposição no teatro eleitoral da Venezuela
-
Ratinho e Bolsonaro superam “efeito Kassab” para aliança PSD-PL em Curitiba e mais sete cidades