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O ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic compareceu hoje perante o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) pela primeira vez desde o início de seu julgamento, na semana passada. Karadzic boicotou os três primeiros dias de julgamento em Haia. Ele responde a 11 acusações relacionadas a atrocidades cometidas contra muçulmanos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Se condenado, Karadzic deve sofrer a pena máxima de prisão perpétua.

O réu alega não ter tido tempo suficiente para preparar sua defesa, apesar de estar detido há mais de um ano. Karadzic alega inocência e optou por encarregar-se da própria defesa, mas os juízes do TPII advertiram que poderiam impor um advogado para defendê-lo se o boicote fosse mantido. O ex-líder sofre duas acusações de genocídio e de nove outros crimes contra a humanidade relacionados às atrocidades ocorridas durante a guerra da Bósnia entre 1992 e 1995.

Na abertura de seu discurso ao júri, ontem, o promotor Alan Tieger classificou o Massacre de Srebrenica, de aproximadamente 8 mil muçulmanos em julho de 1995, como "um dos capítulos mais negros da humanidade". "O assassinato desses homens e a expulsão de mulheres, crianças e idosos não vieram de lugar nenhum", afirmou. "Esses crimes foram uma combinação da determinação do acusado de limpar o leste da Bósnia e assegurar o Estado Sérvio que ele (Karadzic) previa.

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