• Carregando...

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, disse em discurso que marca o ato central da celebração dos 30 anos do golpe militar, que cabe à Justiça examinar a validade dos indultos que anistiaram chefes e agentes da repressão.

Discurando no Colégio Militar na localidade de El Palomar, o presidente disse que os indultos se chocam com a República.

- Deve continar sendo a Justiça quem deve declarar com clareza a constitucionalidade ou não dos indultos, que para mim se chocam com a República - disse ele. - Ninguém pode impedir que um decreto derrube outro.

O presidente disse esperar que a Justiça vá fundo no tema.

- Estou seguro de que a Justiça deva ser encontrada e que este 24 de março deva servir de marco na construção da verdadeira memória.

Kirchner acha que o golpe não foi fenômeno exclusivamente militar.

- Setores da sociedade, da imprensa, da Igreja, da política argentina e certos setores da cidadania tiveram seu papel, a cada vez que se subvertia a ordem constitucional.

No início da cerimônia, segundo cobertura do "La Nación", ele descerrou uma placa de bronza com a frase "Nunca mais o golpe e o terrorismo de Estado".

Participaram da cerimônia todos os ministros, vários governadores, o chefe do Estado Maior Conjunto, e os chefes das forças armadas.

O ministro do Interior, Aníbal Fernandez, explicou hoje que a anulação dos indultos "é um tema que sempre se maneja no âmbito judicial" e que "o tribunal de última instância, a Corte, será quem vai avaliar".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]