O ex-presidente Néstor Kirchner comprou US$ 2 milhões em divisas em outubro de 2008, três semanas após o anúncio da falência do banco Lehman Brothers e o início da crise global.

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O nome de Kirchner, hoje deputado e marido da presidente Cristina Kirchner aparece em um relatório do Banco Central (BC) argentino divulgado ontem pelos jornais "Clarín" e "Perfil". A operação é legal, mas há a suspeita de que Kirchner tenha usado informação privilegiada para realizá-la. Em outubro de 2008, o dólar subiu de 3,23 para 3,39 pesos.

Na semana passada, o presidente do BC, Martín Redrado - que renunciou ao cargo na sexta-feira - ameaçou divulgar uma "lista dos amigos do poder que adquiriram dólares". Os investimentos chamam a atenção especialmente porque Kirchner e Cristina se apresentam como "defensores" da moeda nacional, enquanto boa parte dos cidadãos do país acredita mais na moeda norte-americana.

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A Argentina ocupa o segundo lugar no ranking dos países onde há mais dólares mas mãos da população. Só perde para os Estados Unidos. Em média, cada argentino tem US$ 1.300 guardados.