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Conforme apontavam pesquisas de intenção de voto para as eleições de domingo (26) na Argentina, a coalizão Frente Para a Vitória, do presidenciável kirchnerista Daniel Scioli, deve perder a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados, onde deve se manter como principal minoria.

Governista Scioli vence conservador Macri, mas haverá segundo turno na Argentina

A continuidade no poder do partido da presidente Cristina Kirchner, após 12 anos no poder, ficou seriamente ameaçada após o candidato Daniel Scioli conseguir uma vitória por pequena margem no domingo (25) frente ao conservador Mauricio Macri.

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Já a coalização Mudemos, do presidenciável de centro-direita Mauricio Macri, aumentou sua presença na Câmara. No Senado, o peronismo deve ampliar sua hegemonia.

Estavam em jogo nas eleições de domingo, além da disputa pela Casa Rosada, a renovação de um terço do Senado (que tem 72 cadeiras) e metade da Câmara (que possui 257 assentos). O Congresso argentino é renovado a cada dois anos, sendo a nova legislatura empossada em dezembro. Cada partido obtém um número de cadeiras diretamente proporcional à votação que recebeu a agremiação.

A Frente para a Vitória deve ter diminuída sua presença na Câmara de 131 deputados para 107. O Mudemos, por sua vez, deve saltar de 64 para 90 legisladores. A UNA, frente de peronistas dissidentes do kirchnerismo liderada por Sergio Massa, deve aumentar sua presença de 23 congressistas para 31.

A ausência de uma força política majoritária na Câmara deve mudar a dinâmica da política no país vizinho, obrigando o sucessor da presidente Cristina Kirchner -a ser escolhido em segundo turno, em 22 de novembro- a negociar para formar uma base aliada no Congresso e aprovar projetos do Executivo.

Kirchnerismo perde na província de Buenos Aires

A leve diferença no resultado das eleições presidenciais no domingo entre Daniel Scioli (36,86%), candidato kirchnerista, e Mauricio Macri, concorrente da aliança opositora Cambiemos, não foi o único golpe do legado do governo Kirchner.

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Essa é uma realidade muito diferente da política dos últimos anos do mandato de Cristina, que governava com folgada maioria de seu partido nas duas casas do Legislativo argentino.

“A Argentina se encaminha a um presidencialismo de coalizão, como o brasileiro”, diz Rosendo Fraga, da consultoria Nueva Mayoría.

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