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Scioli, candidato de Cristina Kirchner: 2º turno ficou mais provável. | Martin Acosta/Reuters
Scioli, candidato de Cristina Kirchner: 2º turno ficou mais provável.| Foto: Martin Acosta/Reuters

O kirchnerismo chega aos momentos finais do mandato de Cristina Kirchner em processo de encolhimento.

As eleições primárias na Argentina, realizadas neste domingo (9), indicam que o candidato que representa “o projeto” – como os kirchneristas se referem ao governo – obteve menos votos do que recebeu Cristina Kirchner em sua reeleição, em 2011.

Segundo pesquisas de boca de urna da Frente para a Vitória, Daniel Scioli, candidato de Cristina nestas eleições, saiu em primeiro nesta etapa eleitoral. Mas marcou pouco menos de 40% dos votos. Na mesma etapa em 2011, Cristina superava 50%.

Como a votação na Argentina é feita em cédulas de papel, até o fechamento desta edição não havia resultados oficiais. O quadro indicado pelas pesquisas, porém, era o de que a sucessão presidencial, cujo primeiro turno da eleição ocorrerá em 25 de outubro, será acirrado.

Até agora, analistas esperam que a disputa vá para o segundo turno, algo inédito na política argentina.

Além de selecionar quem serão os candidatos de cada partido e coligação que se enfrentarão, as primárias servem para medir forças – uma espécie de pesquisa eleitoral sem margem de erro. O resultado esperado é que Scioli saia como o favorito, seguido pelo opositor Mauricio Macri (PRO) e pelo candidato peronista dissidente Sergio Massa.

Segundo Mariel Fornoni, diretora da consultoria Management & Fit, para o partido da situação ganhar no primeiro turno seria necessário obter mais de 50% dos votos na província de Buenos Aires, onde vivem quatro em cada dez eleitores argentinos.

“Os candidatos a governador pela Frente para a Vitória (agremiação da presidente) não alcançam 40% dos votos. Com esse cenário, é pouco provável a definição no primeiro turno e dependerá de qual dos dois candidatos (Scioli ou Macri) poderá atrair os votos de terceiros”, disse.

O dia de votação foi de chuva na província de Buenos Aires, o que afetou o comparecimento às urnas. Algumas cidades estão alagadas desde a sexta-feira (7).

Dados iniciais da Câmara Nacional Eleitoral indicam que o comparecimento foi de 69%, inferior ao verificado em 2011 (79%).

Governistas ficaram preocupados com o efeito das chuvas para seus candidatos, uma vez que a região é governada por Daniel Scioli e majoritariamente peronista.

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