A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, foi indiciada e será julgada por declarações agressivas feitas em 2010 contra muçulmanos. Principal nome da extrema-direita francesa, ela será julgada em outubro por incitação ao ódio racial, e responderá num tribunal de Lyon.

CARREGANDO :)

“Não vou perder essa oportunidade de me defender na audiência”, disse Le Pen, questionada sobre como responderia às acusações.

Veja também
  • Chile congela salários de políticos como sinal de austeridade
  • Três turistas estrangeiros são sequestrados em resort no Sul das Filipinas
  • Treze soldados são feridos em ataque no leste da Turquia
  • Venezuela envia militares à região disputada com Guiana e causa protesto
Publicidade

Em dezembro de 2010, durante uma reunião pública em Lyon, a líder de extrema-direita comparou, em campanha para a Presidência da FN, que as orações de rua dos muçulmanos, se assemelhavam à ocupação nazista da França durante a Segunda Guerra Mundial. Associações antirracistas denunciaram as declarações, e duas queixas coletivas foram postas.

“Sinto muito, mas para aqueles que gostam de falar sobre a Segunda Guerra Mundial, se é para falar de ocupação, poderíamos falar disso, porque é uma ocupação do território. É uma ocupação de áreas, dos bairros em que a lei religiosa se aplica, é uma ocupação. Certamente, não há tanques, nem soldados, mas ainda sim é uma ocupação que pesa sobre as pessoas”, criticou.

Esta é a primeira vez que a presidente da FN terá de responder perante um juiz por incitação ao ódio racial. Ela é duramente criticada por rivais pela retórica antimuçulmana que adota há décadas.

Recentemente, ela e seu pai, Jean-Marie Le Pen, entraram em um embate público por declarações do fundador da legenda nas quais relativizava crimes do nazismo. O episódio acabou com a expulsão dele da FN.