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As negociações pluripartites destinadas a acabar com o programa nuclear norte-coreano sofreram um inesperado tropeço na terça-feira, devido a disputas sobre a liberação de uma conta bancária congelada.

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira que os 25 milhões de dólares do regime norte-coreano retidos no Banco Delta Ásia (BDA), em Macau, seriam entregues a Pyongyang para usos humanitários assim que possível. Washington suspeita que o dinheiro seja fruto de atividades ilícitas, o que a Coréia do Norte nega.

Mas o momento da liberação ainda depende de acertos entre a Coréia do Norte e Macau. Enquanto isso, a delegação norte-coreana se recusa a participar das reuniões com os outros cinco participantes do processo em Pequim.

"Segundo a anfitriã China, a Coréia do Norte está dizendo que não vai participar das negociações a não ser que confirme que os fundos no BDA foram transferidos para sua conta na China", disse o representante japonês, Kenichiro Sasae, a jornalistas.

"A China pediu à Coréia do Norte que se apresentasse, mas a Coréia do Norte não o fez. Não houve progresso nenhum hoje."

Um porta-voz chinês confirmou que o encontro de terça-feira entre os representantes de Estados Unidos, China, Japão, Rússia e as duas Coréias foi cancelado. "Após as conversas bilaterais, não sobrou tempo", afirmou.

Antes dessa reviravolta, o representante norte-americano, Christopher Hill, havia dito que as negociações se voltariam para a desativação do reator nuclear de Yongbyon, prevista para ocorrer até meados de abril, em troca de ajuda econômica e de garantias de segurança ao regime comunista norte-coreano.

Ele afirmou ainda que já começariam a serem discutidos os passos posteriores do desarmamento da Coréia do Norte.

A agência sul-coreana de notícias Yonhap disse ter ouvido de fontes bancárias em Macau que o governo de Macau deve liberar o dinheiro norte-coreano na quarta-feira.

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