A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, foi levada nesta quinta-feira da casa onde cumpre pena de prisão para se reunir com o interlocutor oficial nomeado pela Junta Militar de Mianmar, informaram fontes diplomáticas. Suu Kyi, líder do partido oposicionista Liga Nacional pela Democracia (LND) e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, chegou de carro à casa de hóspedes do governo, situada no centro de Rangun.
Aung San esteve durante cerca de uma hora com o vice-ministro do Trabalho, general Aung Kyi, nomeado, em setembro, pela Junta Militar como interlocutor oficial com a oposição e as Nações Unidas. A líder oposicionista está presa há 12 anos. Sua luta pela democracia recebe apoio em diversas partes do mundo, especialmente depois dos violentos episódios de setembro, quando a ditadura militar que governa Mianmar há mais quatro décadas reprimiu com violência os protestos liderados por monges budistas.
O enviado da ONU para tentar contornar a crise no país asiático, Ibrahim Gamabari, esteve nesta quinta-feira na China, um dos maiores aliados da junta militar birmanesa. Gamabari, que faz um giro por seis países vizinhos a Mianmar, reuniu-se com autoridades chinesas em busca de cooperação para uma "solução pacífica".
Mas o relator especial da ONU para os Direitos Humanos em Mianmar, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, disse nesta quarta-feira que a Junta Militar de Mianmar continua reprimindo a população pelas recentes manifestações a favor de uma mudança política. Após entregar um relatório à Assembléia Geral, ele disse à imprensa que "o mais irritante é que a repressão não parou em nenhum momento, apesar das exigências internacionais".
- Recebi informação de que continuam detendo as pessoas e perseguindo quem teria participado dos protestos - acrescentou.
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