Damasco O líder do Hamas (grupo terrorista e partido político) em Damasco (Síria), Khaled Meshal, admitiu ontem a existência do Estado de Israel, dizendo que ele é uma "realidade". "A questão não é a existência de Israel, mas a falha em estabelecer um Estado para os palestinos", afirmou Meshal, cujo partido lidera o Parlamento palestino.
O reconhecimento do Estado de Israel só será aceito pelo Hamas uma vez que um Estado palestino for estabelecido, segundo o líder do grupo em Damasco. Membros do Hamas já deram declarações similares anteriormente, dizendo que a existência de Israel era uma "realidade inegável", mas é a primeira vez que tais colocações partem de líderes do grupo na Síria.
Esta também é a primeira vez que um membro do Hamas levanta a possibilidade do reconhecimento total e oficial de Israel no futuro. Os governos de Israel e de países ocidentais impuseram sanções econômicas ao governo palestino liderado pelo Hamas pela recusa em reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz.
O Egito também aumentou a pressão para que o Hamas reconheça Israel. O Hamas quer instituir um Estado palestino que inclua Gaza, a Cisjordânia e o leste de Jerusalém, e quer garantir o direito dos refugiados de retornar às suas casas perdidas em 1967. "Nós, palestinos, exigimos um Estado árabe que respeite as fronteiras de 1967".
O premier palestino, Ismail Haniyeh, pediu ontem que os palestinos evitem se envolver em confrontos internos que possam resultar em um conflito civil. "Nós ressaltamos a necessidade de que o povo palestino se afaste de qualquer tipo de confronto, fique longe das armas e se foque no diálogo para resolver as divergências internas", disse Haniyeh após uma reunião. "Elas existem, mas não serão resolvidas pela violência".
-
As bombas fiscais que Lira e Pacheco podem armar contra o governo Lula
-
Twitter Files Brasil: e-mails mostram que busca do TSE por dados privados também afetou personalidades da esquerda
-
O atraso como consequência da corrupção e da ineficiência
-
Silas Malafaia vira “porta-voz”de Bolsonaro para críticas a Moraes
Deixe sua opinião