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Líder do M5E e vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio
Líder do M5E e vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio| Foto: Filippo MONTEFORTE/AFP

Mais uma reviravolta na política italiana. Luigi Di Maio, líder do Movimento Cinco Estrelas (M5E), ameaçou apoiar novas eleições caso as demandas de seu partido antissistema, o mais votado nas eleições de 2018, não sejam atendidas.

Nesta sexta-feira (30) ele entregou ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte, uma lista de 20 itens com suas demandas políticas que precisam ser cumpridas para formar uma nova aliança governista, desta vez entre o M5E e o Partido Democrata, de esquerda. Conte já era ministro da Itália desde a nova legislatura, pediu demissão do cargo na semana passada após a quebra da aliança entre M5E e a Liga (partido anti-imigração e anti-União Europeia de Matteo Salvini), e nesta quinta-feira recebeu do presidente italiano Sergio Mattarella um novo mandato para tentar formar um governo de coalizão com o PD.

"Os pontos do nosso programa são claros", disse Di Maio. "Podemos fazer as coisas acontecerem se esses pontos se tornarem parte do programa do governo, caso contrário, devemos voltar às urnas o mais rápido possível". Uma nova eleição, porém, não é o melhor caminho para o M5E. O partido provavelmente perderia assentos, já que nas eleições do Parlamento Europeu, em maio deste ano, obteve apenas 17% dos votos, enquanto a Liga registrou 34%. Nas pesquisas de opinião, o partido de Salvini está fortalecido em relação aos demais.

As demandas de Di Maio rapidamente levaram a um protesto do PD. "Os ultimatos de Di Maio ao primeiro-ministro são realmente inaceitáveis", disse Graziano Delrio, chefe de parlamentares do PD na câmara baixa, em comentários citados pela agência Ansa.

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