A China nunca se tornará uma democracia no estilo ocidental, afirmou hoje o presidente do Congresso Nacional do Povo, Wu Bangguo, aparentemente em uma resposta aos renovados pedidos de reforma política, tanto dentro como fora do país.

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Wu falou durante os nove dias do encontro do Parlamento, órgão que geralmente apenas aprova as decisões já tomadas pelo governo. Wu usou argumentos para tentar justificar o sistema de partido único comunista na China e deixou claras as diferenças com sistemas políticos multipartidários no Ocidente.

Wu afirmou que a China nunca introduzirá um sistema de múltiplos partidos e rotatividade de poder. Ao invés disso, enfatizou a opção pelo "socialismo com características chinesas". Ele também aparentemente rechaçou pedidos por maior independência do Judiciário, dizendo que o Partido Comunista continuaria impondo os padrões e prioridades para as cortes e promotores.

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Bao Tong, ex-membro do partido e hoje um crítico do regime, afirmou que a fala mostra o abandono do governo de sua curiosidade inicial com conceitos do Ocidente como eleições diretas e separação de poderes. "Eles estão dizendo que a China seguirá seu próprio caminho e rejeitará os avanços universalmente reconhecidos da civilização humana, que são os direitos humanos, a democracia e a prestação de contas à opinião pública", afirmou Bao.

Wu disse também que os trabalhos legislativos neste ano enfocarão leis para programas sociais, como melhorias no sistema de saúde, nas pensões e na educação. Pequim pede que a população gaste mais em bens e serviços, mas muitas das famílias preferem poupar o máximo possível para gastos com despesas médicas, por exemplo.

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