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Pelo menos 20 chefes de Estado são esperados para acompanhar o funeral de Hugo Chávez nesta sexta-feira (8), numa manifestação de pesar pela morte do carismático líder venezuelano que dividiu o país e mudou a face da política na América do Sul.

Chávez morreu na terça-feira (6), aos 58 anos, após uma batalha de quase dois anos contra o câncer, devastando milhões de partidários, na maioria pobres, que o amavam por ter colocado a riqueza do petróleo a seu serviço, mas dando esperança aos opositores que o acusavam de ser um ditador.

Multidões de "chavistas", muitos carregando sua imagem ou vestindo camisetas com a imagem de seus olhos, tomaram as praças em torno de uma academia militar para onde o caixão do presidente foi levado depois de um cortejo pelas ruas.

"Mil agradecimentos pelas homenagens póstumas a um homem que lutou pela paz mundial, pela unidade da América Latina e do Caribe, e pela democratização das instituições globais", disse o chanceler Elías Jaua.

"A demonstração de amor ao presidente tem sido incrível."

O corpo de Chávez será embalsamado e mostrado "para a eternidade" em um museu militar -- semelhante à forma como os líderes comunista Lenin, Stalin e Mao foram tratados após suas mortes.

Ele será velado por sete dias para acomodar os milhões de venezuelanos que ainda querem prestar as últimas homenagens a um homem que será lembrado como um dos líderes populistas mais controversos do mundo.

"Todas essas medidas estão sendo tomadas para que o povo possa estar com seu líder para sempre", disse o sucessor indicado por Chávez e presidente em exercício, Nicolás Maduro.

Maduro será empossado como presidente interino após o funeral desta sexta-feira.

Mais de 2 milhões de pessoas já visitaram o caixão de Chávez por trás de uma corda vermelha em uma grandiosa academia militar, muitas chorando e outras saudando o corpo do presidente.

Entre os líderes reunidos em Caracas estão aliados próximos, como o presidente equatoriano, Rafael Correa, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder cubano, Raúl Castro.

"Mais importante, ele saiu invicto", disse Raúl, referindo-se às quatro vitórias de Chávez em eleições presidenciais, entre uma série de outras vitórias eleitorais em 14 anos de governo.

"Ele era invencível. Ele saiu vitorioso e ninguém pode tirar isso. Ele está na história."

A presidente argentina, Cristina Kirchner, amiga de Chávez, foi uma das primeiras autoridades a desembarcar em Caracas após a morte. Ela retornou a Buenos Aires na quinta-feira e não participará do funeral desta sexta, de acordo com a mídia local.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, era esperado para a cerimônia, assim como uma delegação dos Estados Unidos.

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