São Paulo - Ontem, no dia seguinte ao anúncio do fracasso prematuro da conferência do clima de Copenhague, líderes mundiais já começaram a debater qual deve ser o novo prazo para o acordo contra o aquecimento global.
Enquanto a Convenção do Clima das Nações Unidas defende que a decisão não atrase mais que seis meses, os dinamarqueses, anfitriões do encontro no mês que vem, sugerem que a decisão final seja tomada só no fim de 2010.
O premiê dinamarquês, Lars Rasmussen, viajou a Cingapura no fim de semana para anunciar o adiamento juntamente com o presidente dos EUA, Barack Obama. Disse que o resultado da conferência de Copenhague será um documento "de cinco a oito páginas.
Rasmussen vem há alguns meses defendendo um acordo político enquanto sua ministra do Clima, Connie Hedegaard, vinha pressionando por um acordo legal. "Acredito que um acordo politicamente vinculante com compromisso específicos para mitigação e financiamento forneça uma base forte para ação imediata nos próximos anos, disse a ministra.
Uma fonte que teve acesso ao documento proposto por Rasmussen, porém, afirmou à reportagem que se trata de uma declaração de intenções, sem números para corte de emissões dos países desenvolvidos nem para financiamento. São esses os dois maiores entraves a um tratado completo e legalmente vinculante em Copenhague.