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Joshua Wong (ao centro): aos 18 anos, jovem espera que, se for preso, mais gente a se erga contra o governo | Tyrone Siu/Reuters
Joshua Wong (ao centro): aos 18 anos, jovem espera que, se for preso, mais gente a se erga contra o governo| Foto: Tyrone Siu/Reuters

A polícia de Hong Kong acusou formalmente ontem quatro líderes estudantis pelo delito de incitar outras pessoas a participarem de manifestações ilegais, como parte de uma investigação sobre os mais de dois meses de protestos pró-democracia que paralisaram partes da cidade, centro financeiro da Ásia.

Dezenas de manifestantes segurando guarda-chuvas amarelos, que se tornaram um símbolo do movimento democrático da cidade, gritavam: "Eu quero o sufrágio universal" e "apoiem os estudantes", antes de o grupo entrar na delegacia de polícia.

Quatro líderes do grupo estudantil Scholarism, Joshua Wong, Oscar Lai, Agnes Chow e Derek Lam, foram acusados e liberados depois de se apresentarem à polícia, de acordo com a página oficial do Scholarism no Facebook. Os quatro se recusaram a acatar o pagamento de fiança.

Alguns membros do grupo também foram acusados de participar de manifestações ilegais e organizar reuniões ilegais.

Antes de entrar na delegacia, Wong disse que não estava nervoso. Ele afirmou que a polícia o havia informado, no início de janeiro, que seria preso. "Eu ainda estou confiante e otimista em mais ações e no próximo Movimento Guarda-Chuva, e para continuar a lutar pelo sufrágio universal", disse Wong.

O jovem, de 18 anos, fez sinal de positivo e de vitória de uma escada rolante que conduz ao prédio da polícia, e disse ainda que se for preso espera que isso inspire mais gente a se erguer contra o governo.

A ex-colônia britânica voltou ao domínio chinês em 1997, sob a fórmula "um país, dois sistemas", que dá à cidade mais autonomia e liberdade do que na China continental, e tendo como objetivo final o sufrágio universal. Os manifestantes exigem candidaturas livres para a próxima eleição local para o cargo de administrador da cidade em 2017. O governo chinês anunciou que vai permitir a eleição em 2017, mas apenas com candidatos pré-selecionados.

Os protestos, encerrados após repressão policial no mês passado, foram consideradas ilegais pelos governos local e central.

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