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Líderes mundiais se juntaram ontem a cerca de 300 sobreviventes de Auschwitz no local do antigo campo de concentração nazista para marcar os 70 anos passados desde sua libertação graças às tropas soviéticas, uma data eclipsada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento do antissemitismo na Europa.

A reunião de ontem no sul da Polônia pode sinalizar o último grande aniversário ao qual os remanescentes do campo poderão comparecer em grande número, já que o mais jovem deles está na casa dos 70 anos. Cerca de 1,5 mil deles compareceram ao 60.º ano da libertação.

Os presidentes de Polônia, Alemanha e França estavam entre as centenas que compareceram à cerimônia em uma tenda gigantesca armada sobre a entrada de tijolos do campo Auschwitz II-Birkenau.

O líder francês, François Hollande, fez a viagem menos de três semanas depois que islâmicos mataram 17 pessoas em Paris em ataques ao semanário Charlie Hebdo e a um supermercado judeu.

Mais cedo, quando discursou no memorial Shoah de Paris, dedicado aos judeus franceses mortos em Auschwitz e em outras partes durante a guerra, Hollande se dirigiu à comunidade judia de 550 mil pessoas de seu país. "Vocês, franceses de fé judaica, seu lugar é aqui, em seu lar. A França é seu país", disse.

Em um comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que os ataques na capital francesa foram "um lembrete doloroso de nossa obrigação de rejeitar e combater o antissemitismo crescente em todas as suas formas, incluindo a negação ou a banalização do Holocausto".

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que seu país tem uma responsabilidade perene de lutar contra toda as manifestações de antissemitismo. "Temos de expor aqueles que incentivam preconceitos e evocam bichos-papões, tanto os antigos quanto os novos", afirmou ela na véspera do aniversário.

Notável por sua ausência foi o presidente russo, Vladimir Putin, cujo apoio aos rebeldes ucranianos pró-Moscou levou as relações entre o Ocidente e a Rússia a seu pior momento desde a Guerra Fria. Seu chefe de gabinete, Sergei Ivanov, o representou.

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