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Na véspera de uma conferência internacional que irá discutir os rumos da transição na Líbia após a queda do ditador Muamar Ka­­dafi, líderes rebeldes rejeitaram a presença de qualquer força mi­­litar internacional, mesmo de observadores, no país.

A informação foi dada por Ian Martin, enviado especial da ONU ao país. As Nações Unidas esperam, porém, que os rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT) requisitem ajuda para a criação de uma força policial e a organização de eleições.

Emissários de cerca de 60 países – entre eles o Brasil – devem participar da conferência hoje em Paris para discutir o futuro líbio. Líderes do CNT devem abrir o encontro com um plano que prevê a realização de eleições em 18 meses e uma nova Consti­­tuição.

Numa movimentação considerada essencial para engatar a transição, países ocidentais trabalhavam ontem para desbloquear bilhões de euros em fundos congelados ao redor do mundo e para levantar as sanções eco­­nômicas contra o Estado e contra empresas líbias, impostas pela ONU.

Uma questão pendente é o fa­­to de nem todos os participantes reconhecerem como legítima a liderança do CNT. Entre eles es­­tão Brasil, China e Rússia.

Alguns sustentam ainda que a ONU seria o fórum correto para debater a transição no país. E muitos querem assegurar que negócios milionários feitos du­­rante o regime de Kadafi não saiam prejudicados na transição.

Uma fonte diplomática britânica disse que uma nova resolução do Conselho de Segurança levantando todas os bloqueios financeiros e reconhecendo formalmente o CNT como novo go­­verno poderia ser levada a votação na próxima semana – uma vez que haja "mais clareza sobre a situação no terreno".

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