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O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, pediu neste sábado a revisão de todas as iniciativas árabes para colocar fim ao conflito com Israel, após a última ofensiva do país contra a Faixa de Gaza.

No início de uma reunião extraordinária dos ministros árabes de Relações Exteriores no Cairo, Al Arabi destacou que "os crimes cometidos contra Gaza não podem ficar impunes porque são crimes de guerra" e considerou que os últimos atos de violência são "outros capítulos da ocupação israelense".

"Não haverá paz nem estabilidade enquanto a ocupação israelense continuar", destacou o secretário-geral da Liga Árabe, que pediu a união das facções palestinas.

A reunião dos titulares das Relações Exteriores foi atrasada em algumas horas à espera que do ministro tunisiano, Rafik Abdel Salam, que neste sábado visitou a Faixa de Gaza para mostrar sua solidariedade com a região.

Os chefes das diplomacias árabes devem analisar um projeto de resolução que condena "a permanente agressão israelense à Gaza", considerada, além disso, como "um ataque bárbaro que fere os princípios da legalidade internacional e dos direitos humanos".

O projeto responsabiliza Israel pelos danos aos palestinos e exige a cessação de suas operações militares, informou à Agência Efe uma fonte da Liga Árabe.

A fonte apontou que os ministros têm pensado em reiterar o respaldo de seus respectivos países à Gaza e estudar a criação de uma delegação árabe liderada por Al Arabi para visitar imediatamente a região.

Por outro lado, o projeto de resolução destaca a importância que da reconciliação entre as facções palestinas para fazer frente à agressão israelense.

Espera-se que os ministros reiterem o respaldo à Autoridade Nacional Palestina (ANP) em sua decisão de recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas para obter o reconhecimento de Estado observador nessa organização.

Além disso, eles devem apoiar os esforços egípcios para conseguir uma trégua duradoura entre israelenses e palestinos, pedindo ao Conselho de Segurança da ONU que afronte suas responsabilidades em preservar a paz mundial e adote as medidas necessárias para pôr fim à ofensiva israelense.

A ofensiva israelense em Gaza completa seu quarto dia com pelo menos 39 palestinos mortos, dez deles hoje, e 330 feridos, e o bombardeio a vários edifícios do governo do Hamas, enquanto pelo menos três israelenses morreram e 14 ficaram feridos pelo lançamento de foguetes desde Gaza.

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