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Registro do ataque de Israel à Faixa de Gaza neste sábado (17) | AFP PHOTO/MAJDI FATHI
Registro do ataque de Israel à Faixa de Gaza neste sábado (17)| Foto: AFP PHOTO/MAJDI FATHI
  • Bombardeio israelense deste sábado (17) levantou fumaça preta de um prédio atacado na Faixa de Gaza
  • Palestinos olham a destruição após um ataque aéreo israelense em Jabalya no norte de Gaza
  • Em veículos armados, soldados israelenses aguardam ordens nesta sexta-feira (16) na fronteira com a Faixa de Gaza
  • Palestinos mascarados arremessam pedras contra as forças da segurança de Israel no vilarejo de Al-Khader, na Faixa de Gaza
  • Tanques israelenses de prontidão próximo a Faixa de Gaza
  • Homem corre na Faixa de Gaza após ataque israelense em represália ao lançamento de foguetes pelo Hamas, que mataram três israelenses
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Intensos bombardeios aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza deixaram 12 mortos neste sábado (17) e destruíram a sede do governo do Hamas, enquanto 20 mil reservistas de Israel se integravam a suas unidades, muitas delas nos arredores do enclave palestino.

Desde o lançamento, na quarta-feira (14), da operação "Pilar de Defesa", 42 palestinos morreram e aproximadamente 400 ficaram feridos nos ataques aéreos israelenses, segundo fontes médicas palestinas. Três civis israelenses morreram na quinta-feira (15) perto da Faixa de Gaza.

Veja fotos do bombardeio contra a Faixa de Gaza

Doze palestinos, dos quais ao menos quatro combatentes do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica, no poder em Gaza), faleceram na manhã deste sábado, segundo fontes médicas palestinas.

Os ataques aéreos continuavam em um ritmo regular até o meio-dia deste sábado, de acordo com jornalistas no local. Cerca de 180 ataques aéreos foram registrados na noite de sexta-feira (16), segundo um balanço da rede de televisão israelense.

Uma porta-voz militar israelense informou sobre mais de 830 ataques contra Gaza desde quarta-feira. Um total de 367 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel, dos quais 222 foram interceptados pelo sistema antimísseis "Iron Dome" (Domo de Ferro), acrescentou.

Quatro soldados israelenses sofreram ferimentos leves na manhã deste sábado por um foguete que caiu na região de Eshkol, no limite do território, no sul de Israel, indicou o exército do Estado hebreu.

As Brigadas Ezedin al Qasam - braço armado do Hamas - afirmaram em um comunicado que dispararam cinco obuses de morteiro contra uma posição em Reim, uma localidade israelense próxima à parte central do enclave palestino.

Reservistas prontos para entrar em ação

Na sexta-feira, os confrontos superaram uma etapa suplementar com o disparo de um foguete que caiu - sem causar vítimas - 5 km a sudoeste de Jerusalém.

Foi a primeira vez que um foguete lançado da Faixa de Gaza caiu tão perto da Cidade Santa, o coração político de Israel, a 65 km do enclave palestino.

Este ataque ocorreu após os disparos de quinta e sexta-feira de três foguetes contra a região de Tel Aviv, a capital econômica do país, mais ao norte, dois dos quais caíram no mar. Também neste caso foi a primeira vez que um projétil disparado de Gaza caiu tão longe no território israelense.

Cerca de 20 mil membros da reserva do exército, convocados em regime de urgência, integraram suas unidades na manhã deste sábado.

Na sexta-feira, o gabinete de segurança israelense aprovou a mobilização de 75 mil reservistas, que precisa ser ratificada por todos os membros do governo durante a reunião de gabinete no domingo.

Por sua vez, Israel bloqueou todas as rotas principais ao redor do enclave palestino, perto do qual se concentraram veículos blindados de tropas.

Após a visita do primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, na manhã de sexta-feira, o ministro tunisiano das Relações Exteriores, Rafik Abdesalem, chegou na manhã deste sábado a Gaza, onde visitará o hospital Al Shiva e se reunirá com os dirigentes do Hamas.

Na manhã de sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, falou novamente por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente egípcio, Mohamed Mursi, aos quais pediu que recuassem na escalada das tensões na Faixa de Gaza, segundo a Casa Branca.

Em Nova York, a ONU anunciou a visita iminente do secretário-geral Ban Ki-moon à região para tentar convencer israelenses e palestinos a alcançarem uma trégua. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, informou que esta visita iria ocorrer "em dois ou três dias".

Israel tem o direito de se defender, diz casa Branca

A Casa Branca disse neste sábado (17) que Israel tem o direito de se defender e de decidir como responder ao ataque de foguetes disparados da Faixa de Gaza, responsabilizando o grupo palestino Hamas por iniciar o conflito.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, concordam que uma diminuição da violência é preferível, contanto que o Hamas pare de lançar foguetes contra Israel, disse o assessor adjunto de segurança nacional dos EUA, Ben Rhodes, a bordo do jato presidencial Air Force One.

Liga Árabe pede revisão das iniciativas para cessar conflito com Israel

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, pediu neste sábado a revisão de todas as iniciativas árabes para colocar fim ao conflito com Israel, após a última ofensiva do país contra a Faixa de Gaza.

No início de uma reunião extraordinária dos ministros árabes de Relações Exteriores no Cairo, Al Arabi destacou que "os crimes cometidos contra Gaza não podem ficar impunes porque são crimes de guerra" e considerou que os últimos atos de violência são "outros capítulos da ocupação israelense".

Os chefes das diplomacias árabes devem analisar um projeto de resolução que condena "a permanente agressão israelense à Gaza", considerada, além disso, como "um ataque bárbaro que fere os princípios da legalidade internacional e dos direitos humanos".

O projeto responsabiliza Israel pelos danos aos palestinos e exige a cessação de suas operações militares, informou à Agência Efe uma fonte da Liga Árabe.

Bombardeio contra Faixa de Gaza

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