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Rafael Correa: flerta com Chávez e a Casa Branca | Reuters
Rafael Correa: flerta com Chávez e a Casa Branca| Foto: Reuters

Quito - O governo do presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou recentemente a saída dos EUA da base militar americana de Manta, no ano que vem. A decisão não provocou uma reação negativa por parte das autoridades americanas, atitude que reflete o clima de cordialidade que predomina no relacionamento bilateral desde que Correa assumiu o poder, em 2006.

Embora a Casa Branca observe com certa preocupação o forte vínculo entre Correa e os governos dos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, o Equador não é considerado, atualmente, um país inimigo pelos Estados Unidos.

"A relação com os EUA deve ser entendida partindo de uma noção de soberania, uma relação entre iguais, sem superiores, sem submissão, sustentada no respeito às decisões internas de cada país e na rejeição às pressões para que sejam priorizados os interesses americanos e não os nacionais", explicou Marcos Albuja, professor das universidades San Francisco e del Pacífico, de Quito.

Segundo ele, "a posição internacional do Equador não é anti-nada, não busca confrontos com ninguém, é uma posição a favor" do país.

A nova Constituição equatoriana, aprovada recentemente em referendo popular, também despertou desconfiança entre autoridades americanas, sobretudo pela mudança de modelo econômico no país. O governo Correa defende a implementação de um modelo econômico solidário, como substituto do capitalismo tradicional, e o fortalecimento dos projetos de integração com os países da região.

Para o analista equatoriano, "depois de analisar cuidadosamente o texto, os americanos entenderam que a nova Constituição protege a segurança jurídica, os investimentos privados, não busca estatizar a economia, pelo contrário, o que o governo quer é ter um papel de controle na economia, mas defendendo um país de proprietários e produtores".

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