Portugal rejeitou nesta sexta-feira o pedido australiano de colocar sob seu comando o contingente militar português que chegará nas próximas horas ao Timor Leste para ajudar a manter a paz na ex-colônia portuguesa.
- Portugal não aceitou, não aceita, nem aceitará nunca que a Guarda Nacional Republicana siga as ordens de um comando militar estrangeiro - declarou o ministro português de Relações Exteriores, Diogo Freitas do Amaral.
ARTE/ARTEO ministro informou que uma missão militar australiana pediu em Lisboa para colocar as tropas portuguesas sob seu comando, como ocorre com o restante da força multinacional de paz mobilizada na ilha.
Freitas, entretanto, insistiu em que o comando político e estratégico da missão da GNR depende exclusivamente do presidente e do primeiro-ministro timorense, e do comando operacional do oficial português responsável, como foi estabelecido em 25 de maio.
As autoridades timorenses pediram em maio ajuda a Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para restabelecer a ordem após várias semanas de distúrbios provocados por 500 militares que foram demitidos.
A Austrália foi a primeira a responder ao pedido e decidiu com os timorenses que coordenaria as forças de paz. O general australiano Mick Slater está negociando com o comandante Alfredo Reinado, líder dos militares demitidos, para tentar encontrar uma solução pacífica para a crise.
Freitas disse que Portugal aceita qualquer "coordenação horizontal" da operação, com reuniões entre seus comandantes, mas nenhum tipo de "subordinação vertical".
O contingente português enviado ao Timor é integrado por 120 militares que viajaram nesta noite, após diversos atrasos, para a ex-colônia, que se tornou um país independente há quatro anos, após um longo conflito com a Indonésia.
- ONU ajuda desabrigados no Timor; saques assustam capital
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo