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La Paz – O rebaixamento da Petrobrás na Bolívia, com a transformação da companhia em mera prestadora de serviço, terá fortes impactos econômicos na operação da subsidiária da estatal brasileira. Ao aceitar o novo papel, a Petrobrás perde o direito de vender a produção de gás e petróleo nos dois principais campos produtores, os de San Alberto e San Antonio. Em ambos, a estatal é sócia da Total e da Repsol, com 35% das ações.

O Decreto de Nacionalização boliviano retira a propriedade sobre os produtos e os transfere para a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). Ela recolherá os tributos, que, com o decreto, foram elevados a 82%. Também fará a gestão das petroleiras. As companhias perdem totalmente a autonomia e o direito de contestar o contrato fora da Bolívia.

Sem o direito à venda da produção, a empresa passa a não ter risco da oscilação do mercado de combustíveis, mas perde ganhos que pode ter com a valorização do petróleo, pois receberá um valor fixo. Como prestadora de serviço, a Petrobrás receberá do governo um valor por operar o ativo de produção ou processamento do petróleo ou gás, terá direito a uma margem e à amortização de investimentos.

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