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O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo chamou o julgamento político que culminou com sua destituição de "golpe 2.0" e pediu a expulsão de seu país da OEA (Organização dos Estados Americanos).

"Como falam no campo da cibernética, foi um golpe de Estado 2.0. Um processo cheio de erros. Nem sequer tive o direito à defesa nem direitos fundamentais, como os direitos humanos", disse ele sobre o seu impeachment, em declarações reproduzidas pelo jornal Correio Brasiliense nesta terça-feira (3).

"Qualquer pessoa tem oito ou nove dias para provar a sua defesa. Eu tive 27 horas", acrescentou.

Entre a abertura do processo contra Lugo e a destituição do poder, o Parlamento paraguaio gastou cerca de horas. A rapidez do processo, embora avalizada pela Suprema Corte paraguaia, mereceu críticas duras e poucas manifestações de apoio dos países vizinhos, incluindo o Brasil.

O Paraguai teve sua participação suspensa no Mercosul como forma de rejeição ao impeachment de Lugo, num episódio que teve desdobramentos controversos com o ingresso da Venezuela como membro pleno do bloco econômico.

Na entrevista ao jornal brasileiro, Lugo ainda defendeu a expulsão de seu país da OEA, uma hipótese já levantada por alguns críticos do processo de impeachment.

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