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O presidente destituído do Paraguai, Fernando Lugo, afirmou que seu grande erro foi confiar em políticos tradicionais e atribuiu o impeachment que sofreu à recusa em entregar cargos do governo aos partidos de sua coligação, em entrevista publicada ontem pelo jornal argentino Clarín.

"O que os partidos políticos querem? Querem cargos e eu dizia que não, o Estado não é uma torta que se divide". Lugo classificou a política paraguaia como "clientelista" e, como seu governo quis "romper essa ordem e fazer políticas sociais", incomodou a classe política.

Mea culpa

O ex-bispo também admitiu que não pôde concluir políticas, como a recuperação de terras dadas a militares durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989) para fins de reforma agrária, uma das grandes reclamações que causam o conflito com os sem-terra.

Ele descartou a disputa à Presidência em 2013, mas diz que avalia uma candidatura ao Senado nas próximas eleições. "Se eu tivesse terminado meu mandato, seria senador vitalício e isso fechava todas as portas de uma futura prática política eleitoral. Com esse golpe de Estado, há uma possibilidade."

Na semana passada, após a queda de Lugo, o Mercosul e a Unasul decidiram pela suspensão do Paraguai das uniões de países e o bloco econômico "trocou" o pequeno país pela Venezuela.

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