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O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, reafirmou ontem que o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a conferência mundial de segurança nuclear, em Washington, nos Estados Unidos, será pelo direito do Irã desenvolver seu programa nuclear.

Garcia disse que a posição do governo brasileiro é que o programa iraniano é válido desde que tenha fins pacíficos. "A posição que o Brasil defende é clara. Não queremos que o Irã se envolva na produção de armamentos nucleares. Nós queremos que o Irã tenha direito de produzir energia nuclear especificamente para fins pacíficos como o Brasil e ponto’’, afirmou.

Segundo o assessor internacional de Lula, a posição do Brasil não será isolada. "O Brasil não é uma voz isolada. Essa é uma percepção equivocada. (Temos a mesma posição) de países importantes como a Turquia, a China’’, disse.

Para Garcia, as críticas ao entendimento brasileiro sobre o programa nuclear do Irã são preocupantes porque mostram a pressão por um alinhamento internacional, que segundo ele, seria insensato e produziram invasões como a do Iraque. "O que eu fico preocupado é com o alinhamento que não tem respaldo internacional. Nós temos uma posição sensata que faltou nos últimos anos em questões como a do Iraque.’’

Na avaliação do assessor, a mesma desconfiança sobre o Irã ocorreu com o Iraque, que era considerado um território perigoso por causa de sua suposta produção nuclear.

"O Iraque também era considerado não confiável porque tinha supostamente armas químicas, aí se invadiu o país. Morreram centenas de pessoas e transformaram aquele país em um inferno e em território de terrorista’’, disse ele.

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