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Henrique Capriles, em marcha por Maracaibo | Isaac Urrutia/Reuters
Henrique Capriles, em marcha por Maracaibo| Foto: Isaac Urrutia/Reuters

Enfrentamento

Candidato da oposição, Henrique Capriles insiste em debate

O líder da oposição e candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, pediu novamente ao presidente interino, Nicolás Maduro, que o enfrente em um debate. Também em campanha, ele se comprometeu a aumentar em 40% o salário mínimo caso seja eleito.

"O país merece um debate. Mas os covardes não vão a debates. Não se escondam, o povo quer debate!", clamava Capriles no sábado, durante comício no estado de Falcon.

Na semana passada, ele já havia demonstrado sua intenção de debater com o líder chavista – que deu a condição de que o líder opositor pedisse desculpas à família do presidente Hugo Chávez, que morreu no dia 5 de março após sofrer de um câncer na região pélvica, por questionar a data da morte.

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou ontem o governo dos EUA de conspirar para assassinar o opositor Henrique Capriles com o objetivo de desestabilizar o país antes das eleições presidenciais de 14 de abril, na qual ambos concorrem à vaga de sucessor de Hugo Chávez.

Em uma entrevista transmitida pela televisão, Maduro pediu ao presidente norte-americano, Barack Obama, que suspenda o complô do Pentágono e da CIA (Agência Central de Inteligência).

Segundo ele, o plano seria assassinar seu rival e colocar a culpa no governo da Venezuela, "enchendo os venezuelanos de ódio" enquanto eles se preparam para escolher o sucessor de Chávez, morto no dia 5 depois de travar uma batalha de dois anos contra o câncer.

Há uma semana, Maduro acusou os ex-funcionários do governo de George W. Bush Roger Noriega e Otto Reich de terem um plano para desestabilizar o país, mas sem dar mais detalhes.

"Eu digo ao presidente Obama: Roger Noriega, Otto Reich, funcionários do Pentágono e da CIA, estão por trás de um plano para assassinar o candidato presidencial de direita [Capriles] e criar o caos", afirmou Maduro, sem revelar como ficou sabendo da suposta conspiração. Ele apenas disse que a informação veio de uma fonte confiável.

As acusações foram negadas pelos EUA. "Nós rejeitamos categoricamente as alegações de envolvimento do governo norte-americano em qualquer tipo de complô para fazer mal a alguém na Venezuela", afirmou o Departamento de Estado dos EUA.

Durante comícios de campanha no fim de semana, Capriles disse que, se algo acontecer com ele, Maduro será o culpado.

No começo da semana passada, a coalizão dos partidos de oposição da Venezuela informou que Capriles recebeu ameaças de agressão antes de formalizar sua candidatura à Presidência do país.

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