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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai usar os novos poderes que lhe foram atribuídos para decretar duas leis, nesta quinta-feira (21), com o objetivo de limitar o lucro de varejistas e reorganizar a distribuição de moeda estrangeira na combalida economia venezuelana.

O Parlamento aprovou nesta semana uma lei que permite a Maduro governar por decreto durante um ano, de maneira semelhante ao praticado por seu predecessor Hugo Chávez.

"A oligarquia reagiu com desespero, convoco para que continuemos a ofensiva sem cair em provocações burguesas", disse o presidente em uma série de tuítes na quarta-feira, em referência a uma revolta da oposição ante a medida.

Maduro disse que iria usar seus poderes especiais para levar adiante uma lei que limita o lucro das empresas a uma faixa de 15 a 30%, e outra que cria um órgão central responsável por supervisionar as transações de dólares a uma taxa oficial de 6,3 bolívares.

Maduro já havia declarado a condução de uma "ofensiva econômica" contra executivos de negócios locais, os quais acusa de inflacionar exorbitantemente os preços de produtos importados - alguns em mais de 1.000% - apear de receberem dólares ao câmbio oficial mais baixo.

A inflação anual da Venezuela atingiu a taxa de 54% ao ano, e é comum a falta de produtos básicos, o que torna a economia o principal assunto do país antes das eleições locais marcadas para 8 de dezembro.

Os críticos de Maduro dizem que os 15 anos de controle socialista da economia e a intimidação do setor privado deixaram a Venezuela caótica. Alguns empresários reclamam que foram obrigados a subir os preços porque tiveram que comprar dólares no mercado negro a preços até nove vezes mais altos que a taxa oficial.

O líder de oposição Henrique Capriles convocou um dia de protestos para todo o país no sábado "contra a crise e a corrupção do governo."

Além das críticas da oposição de que Maduro se comporta de maneira autocrática, os Estados Unidos repreenderam o governo Maduro por usar decretos para governar. Chávez utilizou essa prática três vezes durante seus 14 anos à frente do país sul-americano.

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