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| Foto: EFE/MAURICIO DUEÑAS CASTAÑEDA

Diante do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, de dezenas de deputados chavistas, representantes das Forças Armadas e diversos políticos da Venezuela e da América Latina - como o presidente do Equador, Rafael Correa - Nicolás Maduro tomou posse como presidente interino da Venezuela, na noite desta sexta-feira (8). Muito emocionado e bastante aplaudido, Maduro homenageou o presidente Hugo Chávez, morto na terça-feira.

Antes da posse, Cabello ressaltou que a cerimônia era constitucional e baseada no artigo 233 - que foi lido na íntegra por Cabello. Deputados da oposição, que pensavam em apresentar ao Tribunal Superior de Justiça uma crítica à campanha do herdeiro de Hugo Chávez, não assistiram à cerimônia. Rafael Correa, presidente do Equador, foi um dos convidados especiais.

"Essa sessão não é uma cerimônia feliz. É obrigatória e constitucional, aprovada por nosso povo. Pela mesma Constituição que alguns dão importância apenas quando lhes convêm. A cerimônia é baseada no artigo 233, interpretada pelo máximo órgão da justiça. E pelo povo, que está na rua (...). O presidente (Chávez) nos indicou que caminho a seguir. E disse que, caso algo lhe ocorresse, Maduro deveria ser seu sucessor", afirmou.

Mais cedo, a Sala Constitucional do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela concluiu que Maduro pode se candidatar à Presidência. A corte argumenta que, após assumir o posto de presidente interinamente, a situação do vice designado por Hugo Chávez não está prevista nas incompatibilidades descritas na Constituição e que o órgão eleitoral responsável pode aceitar sua chapa. A decisão, firmada pelos sete juízes membros da sala, despertou fortes críticas da oposição.

Uma hora antes da posse formal de Maduro como presidente interino, o principal candidato da oposição, Henrique Capriles, acusou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de se aproveitar da dor do país para emitir uma sentença fraudulenta. Chamando Maduro de mentiroso, o governador do estado de Miranda disse que a posse é "espúria" e lembrou que no país "o poder não é passado através de decretos". Pelo Twitter, alguns venezuelanos relataram um panelaço em Caracas contra a decisão da corte.

Na coletiva, o opositor lembrou ainda que "ninguém elegeu Nicolás (Maduro) como presidente". "Em uma hora o vice-presidente será empossado como presidente em exercício. Mas para ser presidente o povo precisa elegê-lo. A Constituição é muito clara. Ninguém elegeu Nicolás como presidente. O povo não votou por você, Nicolás. O poder na Venezuela não é passado por decretos, te digo muito claro, Nicolás."

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