O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (14) que não descarta um aumento no preço da gasolina. Ele afirmou que o Estado "paga" para que os cidadãos utilizem esse combustível.

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"Em um certo momento, após um debate, criaremos um sistema para adaptar o preço da gasolina e começar a cobrá-la. Não é aumentar o seu preço. É começar a cobrar por ela", afirmou.

A gasolina na Venezuela é altamente subsidiada.

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Após rumores de que a companhia aérea colombiana Avianca reduziria seus voos no país devido a dívidas do governo, Maduro disse que tomará "medidas severas" contra empresas que reduzam voos ou que deixem de voar para a Venezuela.

"Companhia aérea que deixar a Venezuela não voltará enquanto estivermos no governo. Terão que nos derrotar", afirmou, acrescentando que há muitas empresas aéreas que estão pedindo para trabalhar na no país. "Não vão brincar conosco. Não somos bonecos para brincar".

EUA

A procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, acusou nesta sexta (14) os Estados Unidos de quererem financiar ações violentas na Venezuela depois que parlamentares norte-americanos propuseram desbloquear fundos para ajudar organizações e ativistas.

"Os congressistas pediram que o dinheiro seja desbloqueado, sem dúvida, para financiar essas ações violentas que vêm ocorrendo na Venezuela, para comprar C4 [substância explosiva]...", disse em Genebra, à margem da reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

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Assassino

Em uma cerimônia de homenagem a Hugo Chávez, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, responsabilizou diretamente o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, como o "principal encorajador da violência" no país e o chamou de "assassino".

"Denunciamos o senhor Kerry como assassino do povo venezuelano. Não vamos descer o tom a nenhum império até que os senhores ordenem a seus lacaios na Venezuela que acabem com a violência contra o povo", disse o chanceler.

Segundo ele, Kerry é o principal encorajador da violência na Venezuela."Cada vez que estamos a ponto de isolar e reduzir os atos violentos, o senhor Kerry aparece. E imediatamente voltam a surgir as barricadas nos principais focos da violência", afirmou.

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