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Centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas neste domingo em apoio ao opositor Capriles | Edwin Montilva/Reuters
Centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas neste domingo em apoio ao opositor Capriles| Foto: Edwin Montilva/Reuters

Oposição

Capriles desafia situação com megacomício na capital, reduto chavista

Milhares de venezuelanos participaram ontem de uma passeata pelas ruas de Caracas em apoio a Henrique Capriles, candidato da oposição às eleições presidenciais do próximo domingo. Os integrantes da oposição partiram de oito pontos da cidade, em um ambiente festivo, agitando bandeiras venezuelanas e exibindo cartazes com a imagem do candidato. Eles marcharam em uma avenida do centro da capital venezuelana, reduto histórico chavista, onde o candidato opositor discursou.

Chamada de "Caracas heroica", foi a última marcha na capital antes da votação para a escolha do sucessor de Hugo Chávez.

"Me deem o seu voto de confiança, porque eu quero que este país que quer mudanças possa alcançá-las", disse Capriles à multidão que lotou a avenida central Bolívar.

Segundo lugar

Apesar da demonstração de força da oposição, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, lidera as pesquisas com dez pontos de vantagem em relação ao concorrente.

No sábado, ele disse que uma maldição secular cairia sobre aqueles que não votassem nele. "Se alguém do povo votar contra Nicolás Maduro, estará votando contra si mesmo, e a maldição de Macarapana está caindo sobre ele", disse.

Ele referia-se à batalha de mesmo nome, do século 16, quando colonizadores espanhóis massacraram indígenas que tinham se unido a eles.

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite de sábado que os Estados Unidos e a oposição venezuelana estão fazendo um plano para mat­á-lo antes das eleições presidenciais de 14 de abril. Ele disputa o cargo com o opositor Henrique Capriles.

Segundo Maduro, os ex-­embaixadores americanos Roger Noriega e Otto Reich estão montando um plano de conspiração ao lado da "direita" de El Salvador, na América Central. O presidente diz que o grupo contrataria mercenários salvadorenhos para assassiná-lo.

Para o mandatário, eles ainda pretendem sabotar a rede elétrica venezuelana, que enfrenta diversos apagões nos últimos anos, e aumentar o número de homicídios no país, que tem a taxa mais alta da América do Sul.

A intenção, de acordo com Maduro, é desestabilizar o governo e os aliados chavistas para tentar um golpe para empossar os candidatos opositores. "Assim, denuncio ao mundo e peço ao povo alerta máximo."

"O objetivo é matar, eles querem me matar porque sabem que não podem vencer eleições livres. Por trás disso estão as mãos de Roger Noriega e Otto Reich, e está a direita salvadorenha que enviou criminosos pagos por eles para me assassinar."

Desde o início da campanha, ele diz ser vítima de uma conspiração dos Estados Unidos e da oposição contra sua candidatura e seu período de presidente interino, mas, apesar de dizer que tem provas das acusações, nunca as apresentou.

Em março, Maduro havia acusado a Noriega e Reich de planejar um atentado, mas contra Capriles, com o mesmo objetivo de desestabilizar a Venezuela. Na ocasião, ele pediu ao presidente Barack Obama a prisão dos dois candidatos.

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