| Foto: Ismael Francisco Cubadebate

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se comprometeu nesta quinta-feira (11) em dar garantias plenas para a realização de eleições presidenciais neste ano, exigência feita pela coalizão oposicionista em reunião com integrantes do governo venezuelano na República Dominicana.  

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Maduro disse também que seus negociadores têm instruções de avançar na reunião com os opositores em acordos para a defesa, para a economia e para a proteção dos direitos econômicos e sociais dos venezuelanos. Os comentários foram feitos durante evento no palácio do governo, em Caracas.  

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O presidente venezuelano indicou que esperava que, na reunião desta quinta-feira na capital dominicana, um "acordo primário" fosse atingido entre os delegados do governo e os da oposição. O terceiro encontro se iniciou em Santo Domingo, com a presença do presidente dominicano, Danilo Medina, do ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, e dos chanceleres de diversos países da região.

Registro

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela determinou, também nesta quinta (11), que os principais partidos da oposição devem voltar a se registrar para participar de eleições.  

O Primeiro Justiça (centro-direita), o Vontade Popular (direita) e o Ação Democrática (centro) boicotaram o pleito municipal de dezembro por considerarem o órgão enviesado e, por isso, a votação seria fraudulenta.  

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

O CNE ratifica o decreto da Assembleia Constituinte, totalmente composta por chavistas, que determina às siglas a revalidação se não concorrem a uma eleição qualquer, em vez de pleito nacional, como previa a lei anterior.  

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Com isso, eles terão que reunir o apoio de 1% do eleitorado, ou cerca de 200 mil pessoas, em 27 e 28 de janeiro para poder concorrer às eleições presidenciais.

Oposição

As agremiações foram as mais envolvidas nas manifestações antichavistas de abril a julho e são comandadas pelos principais líderes opositores. O ex-prefeito Leopoldo López, em prisão domiciliar, é o chefe do Vontade Popular.  

O ex-candidato Henrique Capriles, que teve os direitos políticos cassados por 15 anos, e o ex-presidente da Assembleia Nacional Julio Borges são do Primeiro Justiça e o Ação Democrática é comandada pelo deputado Henry Ramos Allup, antecessor de Borges no comando do Legislativo.  

Os quatro são cotados a serem candidatos presidenciais. A renovação da diretoria do CNE, que tem quatro chavistas entre os cinco diretores, é uma das principais exigências da oposição nas negociações com o regime.  

As duas partes voltaram nesta quinta às discussões na República Dominicana e mediadas por Chile, México, Bolívia, Nicarágua e São Vicente e Granadinas, no Caribe. As delegações continuam as reuniões nesta sexta (12).  

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O negociador-chefe da oposição, Luis Florido, disse que não haverá avanços se os três partidos forem proibidos. "A ditadura de Maduro desenha e pretende consolidar uma oposição de conveniência. Isso não vai parar a luta que empreendemos em nossas organizações por eleições limpas."  

Com informações da Associated Press.

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