Washington - Ela vai à maioria dos comícios de John McCain e se coloca discretamente entre as pessoas que ficam atrás dele no palco, aguardando com paciência o momento de dar um passo à frente, ao ser chamada.
Ela se chama Roberta e o seu sobrenome também é McCain. Ela é a mãe do candidato. E tem uma função específica nesses eventos: servir como prova concreta de que ele apesar dos 72 anos terá forças para suportar quatro anos na Casa Branca.
Roberta, afinal, tem 96 anos e a sua evidente vitalidade e lucidez são utilizadas pelo filho para mostrar aos céticos que, em vez de um problema, a idade pode ser uma vantagem para o chefe da nação. E ao fazer isso, depois de apresentar a mãe à platéia, McCain invariavelmente conta um episódio recente protagonizado por ela numa viagem à França:
"Ela foi alugar um carro, mas as locadoras negaram, alegando que ela é muito velha para dirigir. Sabem o que minha mãe fez? Comprou um carro e viajou pela França", conta McCain.
Assessores se esmeram em contar outros episódios com situações que ressaltam a imagem de independência e não conformismo que ele diz ter herdado da mãe. A campanha admitiu que Roberta acumula multas por excesso de velocidade (já levou uma por dirigir a 180 km/h.)
Bom humor
O bom humor do candidato, aspecto marcante em sua vida política, também é atribuído a Roberta. Joe Lieberman, senador independente que apóia McCain, costuma mencionar outro episódio:
"Uma noite, eu a encontrei num elevador e lhe disse: Senhora McCain, a senhora está muito bonita. E ela me respondeu: Você está tentando me cantar?".
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Deixe sua opinião