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A maior cidade do Paquistão permaneceu toda fechada pelo segundo dia nesta quarta-feira (4), com lojas e mercados de portas abaixadas e pessoas recolhidas em suas casas por medo de que possa haver violência nas ruas após a prisão, em Londres, de um dos homens mais temidos do país.

Altaf Hussain, líder do poderoso partido Movimento Muttahida Qaumi (MQM, na sigla em inglês) e procurado no Paquistão pela acusação de assassinato, foi preso em Londres, onde vivia em exílio desde o começo dos anos 1990.

Karachi, uma grande e violenta cidade portuária de 18 milhões de habitantes, é virtualmente controlada pelo partido de Hussain, e relatos de violência esporádica emergiram assim que se soube de notícias de sua prisão.

Nesta quarta-feira cerca de 2.000 de seus seguidores se reuniram no centro da cidade para apoiá-lo, mas em outros lugares a cidade parecia sitiada, com mercados e postos de gasolina fechados e as ruas, normalmente caóticas e cheias de gente, agora vazias.

"As pessoas de Karachi e outras cidades grandes e pequenas da província de Sindh ainda veem Altaf Hussain como seu líder", disse Nasir Jamal, alto representante do MQM, à Reuters.

"O que move esse protesto é a libertação de Altaf Hussain. Ficaremos aqui até vermos indicações positivas vindas de Londres", acrescentou.

Na manifestação pacífica as pessoas esporadicamente bradavam frases de apoio a Hussain, como "vida longa a Altaf!" e "mesmo após a morte Altaf continuará a viver!".

A capacidade de os seguidores de Hussain de fecharem o centro comercial do Paquistão por dois dias salienta a influência desse líder, e muitos temem que protestos violentos possam irromper. Entretanto, até a noite desta quarta-feira (horário local), não foram relatados atos de violência.

Um porta-voz da polícia de Londres disse que Hussain permanecia em custódia e está sendo interrogado por suspeita de lavagem de dinheiro. "Nesta noite (horário local) saberemos se ele será indiciado ou liberado", disse o porta-voz.

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