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Autoridades do Haiti disseram ter barrado o partido político mais popular do país das eleições para o Senado, em uma decisão que alguns temem que possa gerar conflitos.

Autoridades eleitorais do Haiti disseram que o Partido Família Lavalas não apresentou os documentos assinados pelo ex-presidente Jean-Bertrand Aristide autorizando a lista do partido com os candidatos ao Senado. Aristide vive exilado na África do Sul.

Membros do Família Lavalas protestaram quando autoridades se negaram a registrar seus candidatos, no dia 6 de fevereiro. Autoridades eleitorais deram o prazo de até segunda-feira para eles apresentarem os documentos.

O Lavalas perdeu o prazo, disseram autoridades na segunda-feira. Com isso, a lista com os 12 candidatos foi barrada e eles não disputarão as eleições para o Senado, em 19 de abril.

Muitos temem que a decisão de barrar o Lavalas possa gerar novos conflitos e instabilidade política no Haiti. Os Estados Unidos, a França, a Organização dos Estados Americanos e outros têm expressado preocupação de que a medida possa afetar a credibilidade e a legitimidade da eleição.

Yvon Buissereth, um senador do partido, classificou a decisão como sem sentido e disse que era uma medida em direção à eleições ilegítimas e contrárias à democracia.

"O presidente Aristide está exilado e não tem feito decisões sobre as atividades do partido por muitos anos agora", Buissereth disse à Reuters. "É totalmente sem sentido obrigá-lo, do exílio que ele não escolheu, a se envolver e validar os candidatos".

Aristide deixou o Haiti em 29 de fevereiro de 2004, em meio a uma revolta sangrenta liderada pelo ex-oficial do Exército e da polícia, Guy Philippe. Aristide, que foi acusado pelos seus adversários de despotismo e corrupção, também estava sob intensa pressão dos Estados Unidos e da França para renunciar.

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