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Mais da metade dos quase 1.400 palestinos mortos na ofensiva israelense na Faixa de Gaza eram civis, incluindo 252 crianças menores de 16 anos. A conclusão é de um estudo divulgado nesta quarta-feira (9) pelo B'Tselem, importante grupo israelense de defesa dos direitos humanos. O governo e os militares israelenses afirmam que a maioria das vítimas dos ataques era formada por militantes. Confirmar o número de mortes civis é visto como fundamental para determinar se Israel violou regras da guerra na ofensiva de três semanas contra o Hamas, encerrada em janeiro.

O B'Tselem publicou nesta quarta-feira (9) conclusões de meses de pesquisas, incluindo visitas a famílias de vítimas. Segundo o grupo, 1.387 moradores da Faixa de Gaza foram mortos, entre eles 773 civis e 330 combatentes. Treze israelenses morreram no mesmo período, incluindo quatro civis. Grupos de direitos humanos internacionais suspeitam de que os dois lados cometeram crimes de guerra. Israel, ao usar força desproporcional contra uma Gaza cheia de civis, e o Hamas, ao se esconder entre a população comum e, indiscriminadamente, lançar foguetes em cidades israelenses.

O alto número de mortes palestinas levou o governo de Israel a lançar uma investigação independente, lembra o grupo, acrescentando que considera a investigação do Exército no caso uma farsa. Os militares negam qualquer violação da lei humanitária internacional. Israel se nega a cooperar com uma apuração das Nações Unidas, alegando que ela é tendenciosa.

Os militares israelenses afirmam que morreram em Gaza 1.166 pessoas, entre elas 709 combatentes e 295 civis. Eles não divulgaram, porém, uma lista com os nomes das vítimas. Os militares disseram hoje que as conclusões do B'Tselem são baseadas em pesquisas incorretas, com problemas como a confiança em dados sobre mortes exagerados, divulgados por grupos de direitos humanos palestinos. Dois grupos da Palestina afirmaram que morreram mais de 1.400 palestinos e divulgaram listas das vítimas, como o B'Tselem.

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