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Secretaria do Estado dos EUA Hillary Clinton chega à Túnis para reunião dos "Amigos da Síria" | REUTERS/Jason Reed
Secretaria do Estado dos EUA Hillary Clinton chega à Túnis para reunião dos "Amigos da Síria"| Foto: REUTERS/Jason Reed

Mais de 70 países vão debater nesta sexta-feira o futuro da Síria, em uma reunião em Túnis do chamado grupo "Amigos da Síria". O objetivo é buscar uma nova maneira de pressionar o regime sírio e avançar para uma transferência de poder. De acordo com a Reuters, que obteve uma cópia da resolução que deve ser proposta no encontro, a conferência vai pedir por acesso imediato às cidades de Homs, Deraa, Zabadani e outras áreas que estejam cercadas.

Os Amigos da Síria ainda vão pedir que Damasco "pare imediatamente com toda a violência". O grupo se comprometeu a enviar ajuda humanitária em no máximo 48 horas se Damasco acabar com os ataques áreas civis e permitir o acesso estrangeiro ao país. Ainda devem ser aprovadas novas sanções, incluindo suspensão de vistos de viagem, corte na compra de petróleo e congelamento de bens. Os países também devem reduzir ainda mais os laços diplomáticos com Damasco e tentar evitar o envio de armas para o regime do presidente Bashar al-Assad. A China e a Rússia não participam da reunião em Túnis.

Em entrevista em Londres, onde participou de uma conferência internacional sobre a Somália, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, insinuou que a oposição síria poderia se armar e disse que Damasco e seus aliados - numa referência clara a Pequim e Moscou - não podem continuar a brutalidade contra a população.

"Haverá forças opositoras cada vez mais capazes. De algum lugar, de alguma maneira, (elas) encontrarão meios para se defender e também para começar ações ofensivas", disse Hillary.

Kofi Annan pede paz

O ex-secretário-geral da ONU e enviado especial da organização e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, pediu que todas as partes do conflito sírio cooperem para dar um fim à violência no país. Annan também participa do encontro em Túnis.

"Estou ansioso para ter a total cooperação de todas as partes e participantes relevantes no apoio a este esforço unido e determinado das Nações Unidas e da Liga Árabe para ajudar a trazer um fim à violência e aos abusos dos direitos humanos, e promover uma solução pacífica para a crise síria", disse o diplomata após assumir o novo cargo.

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