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O ministro de interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, aparece numa televisão de uma loja, em Madri. Na tela abaixo, representantes do ETA anunciam cessar-fogo | Vincent West/Reuters
O ministro de interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, aparece numa televisão de uma loja, em Madri. Na tela abaixo, representantes do ETA anunciam cessar-fogo| Foto: Vincent West/Reuters

Histórico

O ETA (Euskadi Ta askatasuna) nasceu no dia 31 de julho de 1959 na cidade de Bilbao. Acompanhe parte da história dessa organização:

Objetivo inicial

- A princípio, o grupo era formado fundamentalmente por estudantes radicais que planejavam representar uma alternativa ao Partido Nacio­­na­­lista Basco, que atuava pela região.

Redirecionamento

- Em 1962 o grupo realizou sua pri­­meira assembleia, na qual se definiu como "organização clandestina revolucionária". A partir de então, empreendem a luta armada pela libertação do País Basco.

País Basco

- Desde sua fundação, o ETA exige que os governos da França e da Espanha reconheçam a independência de Euskal Herria, o País Basco, que compreende os territórios de Álava, Guipúzcoa, Vizcaya, Navarra e os três territórios do País Basco Francês.

Primeira vítima

- A primeira vítima do grupo foi o guarda civil José Pardines Arcay, assassinado em 1968. Foi em 1973, porém, que o ETA eliminou um alvo do mais alto escalão político de Ma­­dri, o almirante Carrero Blanco, então presidente do governo espanhol.

Divisão

- Em 1974 o grupo enfrentou uma cisão. Um grupo propunha a insur­­reição popular, enquanto outro pre­­gava a violência seletiva, contra alvos específicos. Assim, os separatistas se dividiram entre o ETA Militar e o ETA Político-militar. Este último deixou de existir oito anos depois.

Baixas

- Durante os anos em que atuou, o ETA sofreu diversas baixas devido às ações militares de França e Espanha contra suas lideranças.

Nova fratura

- Na segunda metade da década de 2000, o grupo viveu uma nova fratura entre a ala mais radical e a ala política, devido à ação das autori­­da­­des espanholas contra a organiza­­ção. O ETA anuncia tréguas, mas não indica que abandonará as armas.

Londres - O grupo separatista basco ETA voltou a anunciar ontem um cessar-fogo, como havia feito em setembro de 2010. Disse que desta vez é "permanente’’, "geral’’ e que poderá ser verificado por or­­ganismos internacionais.

Mas o governo espanhol afirmou que pode ser apenas mais um golpe do grupo terrorista, que em 2006 também anunciou sua renúncia à violência para na se­­quên­­cia colocar um carro-bomba no aeroporto madrileno de Ba­­rajas, que matou duas pessoas.

O ETA foi formado em 1959 e, desde o final dos anos 60, promove atos terroristas na luta pela independência do País Basco, região no norte da Espanha e sudoeste da França. Cerca de 850 pessoas foram mortas em suas ações nesse período.

Em comunicado, o grupo disse que agora acredita que a solução do problema "chegará por meio de um processo democrático que tenha a vontade do povo basco como máxima referência e o diálogo e a negociação como instrumentos’’.

A reação espanhola foi imediata. "Esse comunicado não serve. Tem que dar muito mais contundência, e não vamos nos permitir ne­­nhum engano’’, afirmou o pri­­meiro-ministro, José Luis Za­­pa­­te­­ro.

Antes, o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, já havia atacado o grupo. "Estamos diante de um ETA com a mesma arrogância, a mesma linguagem. Conti­­nuam a defender que o fim da violência tenha um preço’’, afirmou.

O ETA tem perdido forças nos últimos anos, com a prisão de várias figuras-chave em 2010. Agora muitos acreditam que o anúncio do cessar-fogo seja apenas uma tentativa do grupo de ganhar tempo para se reerguer.

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