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O primeiro-ministro iraquiano fez um apelo para que os rivais regionais deixem suas diferenças fora do Iraque, ao discursar neste sábado em reunião em que autoridades dos Estados Unidos se sentaram com adversários do Irã e da Síria.

A conferência em Bagdá tem por objetivo acabar com a violência sectária no Iraque e impedir que o conflito se espalhe por toda a região.

Em seu discurso de abertura, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki disse que todos que têm interesse na paz no Oriente Médio devem manter-se firmes contra o terrorismo no Iraque.

``Pedimos a todos que assumam responsabilidade moral adotando uma posição forte e clara contra o terrorismo no Iraque e cooperem para acabar com as forças do terror'', disse Maliki, segundo o texto de seu discurso.

O Iraque convocou o encontro para congregar apoio regional contra a violência sectária que ameaça destruir o país, já matou dezenas de milhares de pessoas e fez cerca de 2 milhões deixarem o Iraque desde que a invasão liderada pelos EUA há dois anos derrubou Saddam Hussein.

``Nossa reunião com vocês hoje em Bagdá demonstra apoio ao povo iraquiano e ao governo de unidade nacional do Iraque nos nossos esforços para confrontar todas as formas de terrorismo no país'', disse Maliki.

Na hora do almoço, ocorreram duas explosões próximo ao local da conferência. Segundo uma testemunha da Reuters, pareciam morteiros detonados nos arredores.

O Iraque planeja convidar ministros do Exterior de países da região e do G8 (grupo dos países industrializados) para uma reunião em abril, afirmou um porta-voz do governo.

Além de encontrar formas de acabar com o derramamento de sangue no Iraque, a reunião de um dia foi uma rara oportunidade para antigos inimigos dos EUA, o Irã e a Síria, sentarem na mesma mesa.

Não houve sinais de que as delegações dos três países tenham realizado qualquer discussão bilateral. Washington e Teerã vivem um impasse sobre o programa nuclear de Teerã.

Os Estados Unidos também acusam o Irã e a Síria de fomentar a violência no Iraque fornecendo armas e apoio a grupos militantes. Os dois países negam.

Autoridades de segurança na região identificaram um corrente de extremistas sunitas em países que fazem fronteira com o Iraque, como a Arábia Saudita e a Síria.

``Exigimos que os Estados da região e do mundo parem de interferir ou influenciar os assuntos do Estado iraquiano ao apoiar um determinado grupo étnico, seita ou partido'', disse Maliki.

A conferência reúne autoridades de médio escalão dos países vizinhos ao Iraque, dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França- e de países árabes. São 16 delegações no total.

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